Descubra como a importância da representatividade LGBTQIAP+ em posições de
liderança está engajando o mercado e seus impactos.
Em um mundo cada vez mais focado em diversidade e inclusão, a representatividade LGBTQIAP+ em cargos de liderança vem se mostrando não apenas uma questão de justiça social, mas também um fator crucial para o sucesso empresarial.
Este artigo explora a intrincada relação entre a inclusão de pessoas LGBTQIAP+ no mercado de trabalho e o impacto positivo que essa representatividade pode ter nas organizações e na sociedade como um todo.
Neste artigo, abordaremos os seguintes tópicos:
● População LGBTQIAP+ no mercado de trabalho;
● Qual é a importância da representatividade nas empresas?;
● Equipe diversa e multidisciplinar;
● Líderes LGBTQIAP+ são mais empáticos;
● Inclusão e lucratividade.
População LGBTQIAP+ no mercado de trabalho
A busca por visibilidade da comunidade LGBTQIAP+ permeia todos os aspectos da sociedade há anos, inclusive dentro da própria comunidade. A sigla LGBTQIAP+ é uma expressão desse desejo de representatividade.
O sucateamento de direitos tem impactado diversas áreas, inclusive a trabalhista, tema que abordaremos a seguir.
De acordo com uma pesquisa de 2022 do LinkedIn, uma plataforma e rede social
voltada para empregos e negócios, 40% dos indivíduos da comunidade LGBTQIAP+
afirmam ter enfrentado algum tipo de discriminação.
No entanto, 80% se sentem confortáveis para falar sobre sua sexualidade, ainda que em contextos específicos.
Quando se trata de representatividade, pessoas trans enfrentam as maiores
barreiras para entrar no mercado de trabalho.
Qual é a importância da representatividade nas empresas?
Conforme demonstrado acima, os dados refletem um Brasil que ainda é homofóbico
e transfóbico. Segundo um levantamento da Associação Nacional de Travestis e
Transexuais (Antra), 90% dessa população encontra dificuldades para ingressar no
mercado formal. Por outro lado, existem líderes como Jim Fitterling, da Dow
Chemical, e Tim Cook, da Apple, que são homens cis gays.
O que realmente importa, portanto, é considerar a diversidade intrínseca da
comunidade. Por exemplo, enquanto discutimos o papel da mulher no mundo
corporativo, é importante lembrar que algumas dessas mulheres são sáficas e trans.
Essa observação, no entanto, requer um esforço contínuo e interesse por parte das
empresas.
Equipe diversa e multidisciplinar
Estudos já comprovaram que equipes diversas e multidisciplinares são mais
produtivas e aumentam o lucro das empresas. Com o objetivo de diversificar os
quadros e fugir da heteronormatividade, empresas estão lançando campanhas
afirmativas para a contratação de pessoas LGBTQIAP+.
Entretanto, líderes LGBTQIAP+ ainda são minoria. Nas 500 maiores empresas do
mundo, apenas 0,5% dos CEOs pertencem a essa comunidade. No Brasil,
aproximadamente 50% dos trabalhadores LGBTQIAP+ não se sentem à vontade
para discutir sua sexualidade com todos os colegas de trabalho.
Líderes LGBTQIAP+ são mais empáticos
Um estudo da Câmara de Comércio LGBT de Wisconsin (EUA) revelou que, das
empresas participantes, 61% empregavam pessoas LGBTQIAP+ e viam resultados
positivos, especialmente em responsabilidade social e ambiental.
Líderes da comunidade são frequentemente mais empáticos, entendem melhor seus
colaboradores e estão mais abertos a mudanças.
Inclusão e Lucratividade
Um relatório da McKinsey & Company afirma que organizações focadas na
diversidade de gênero e sexualidade têm 21% mais chances de obter lucros
elevados. Algumas estratégias para aumentar a inclusão incluem:
● Vagas afirmativas;
● Programas de contratações visando a diversidade;
● Treinamentos internos sobre políticas LGBTQIAP+;
● Monitoramento empírico da diversidade da equipe;
À medida que o tempo avança, as diversas identidades da comunidade LGBTQIAP+
estão ganhando mais visibilidade, embora ainda haja muito a ser feito. O mercado já
percebe a importância de contar com equipes que incluam pessoas não-brancas e
diversas em identidade de gênero e sexualidade.
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