Desvende o conceito de Advocacy e como essa estratégia tem impactado nas vitórias e desafios da comunidade LGBTQIAP+ brasileira.
Saiba o que é advocacy e sua relevância nas lutas e conquistas da comunidade LGBTQIAP+ no Brasil. Para a criação de políticas públicas eficientes, é crucial ter uma voz ativa. O advocacy surge como um instrumento para intermediar interesses civis.
O que é Advocacy?
Originária da palavra latina-românica "advocare", que significa ajudar os necessitados, "advocacy" pode ser traduzida para o português como advogar. No contexto LGBTQIAP+, refere-se ao atendimento das necessidades de lutas e movimentos em busca de equidade social. Essa estratégia visa buscar visibilidade por meio de ações públicas, voltadas a ONGs e outras instituições civis, ressaltando sua relevância nas discussões LGBTQIAP+. Um exemplo é a Lei Paulo Gustavo, sancionada em 2022, resultado de uma ampla mobilização social. Portanto, o advocacy é essencial para pautas de inclusão, exigindo organização, responsabilidade e pressão social.
Principais lutas e conquistas LGBTQIAP+ no Brasil: A comunidade LGBTQIAP+ tem batalhado incessantemente por direitos fundamentais no Brasil, como casamento, não-discriminação e reconhecimento de sua identidade sem estigmatizações.
Sexualidade e Identidade como Doença: A homoafetividade, por muito tempo considerada uma patologia, foi desclassificada no Brasil em 1985, graças à influência de grupos como o Grupo Gay da Bahia. A OMS só a retirou em 1990. Já as identidades trans passaram por um caminho mais longo, deixando de ser consideradas como portadoras de transtorno mental apenas em 2019.
Redesignação Sexual: O CFM permitiu a redesignação do sexo masculino para o feminino em 2002 e, em 2010, do feminino para o masculino. A primeira cirurgia do tipo, contudo, data de 1971, ocorrendo de forma clandestina.
A Famosa “Cura Gay”: Terapias de “reversão sexual” foram proibidas em 1999 no Brasil. Entretanto, por uma brecha legal, retornaram entre 2017 e 2019.
Igualdade de Direitos Civis: A união estável entre casais do mesmo sexo foi reconhecida em 2011 pelo STF, e, em 2013, o CNJ aprovou a realização de casamentos civis para esses casais.
A Arco, ao integrar o Conselho LGBTQIAP+ do município de Jaboatão dos Guararapes, demonstra a importância da união entre organizações e instituições para fortalecer as lutas em prol da comunidade LGBTQIAP+. A participação ativa em conselhos municipais amplia a voz da comunidade, proporcionando maior visibilidade e reforçando a necessidade de políticas públicas inclusivas. Esta cooperação é um testemunho do poder do advocacy em nível local.
Representantes políticos, como Erika Hilton, têm sido fundamentais na defesa dos direitos LGBTQIAP+. O Advocacy, portanto, tem se mostrado uma ferramenta poderosa, culminando em conquistas como a criminalização da homofobia e transfobia no Brasil. Por meio dessas ações, avança-se, passo a passo, rumo à justiça e inclusão social.
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