top of page
Foto do escritorLeandro Sipriano

Homofobia em notícias falsas sobre o suposto diretor da PRF

Desde outubro, mês em que houve a eleição do novo presidente da república, algumas notícias saíram a respeito sobre quem estava cotado a ser o novo diretor da Polícia Federal Rodoviária (PRF). O que podemos tirar dessa situação tendo em vista o contexto político que nos encontrávamos durante o mandato de Bolsonaro e a mudança que estaria para vir com a chegada do governo progressista de Lula pela oposição?

Foto: Reprodução Instagram

Com certeza mudanças estavam para vir e, como temos visto, houve muita coisa acontecendo, inclusive para a comunidade LGBTQIAP+ com a criação de um conselho federal. Por outro lado, havia a oposição política tramando desde a eleição do novo presidente, com manifestações antidemocráticas e violentas, como aconteceu no dia 8 de janeiro desde ano. O que não deveria acontecer era um tipo de jogo sujo de criar confusão ou até mesmo disseminação de informações falsas para atacar as escolhas de determinação federal simplesmente porque conservadores compartilharam informações erradas, baseadas em homofobia.

A notícia foi comprovada como falsa em alguns sites como o Estadão (aqui) mostrando que a notícia sobre o casamento do suposto futuro diretor da PRF se casando, quando na verdade, quem estava se casando era um casal espanhol. No entanto, a notícia voltou a circular e foi novamente desmentid (noticiada pelo UOL aqui) porque reapareceu com outra versão como sendo verdadeira pelas redes sociais, o que mostra um tipo de perseguição não somente contra as decisões tomadas pelo poder executivo máximo, que deve nomear pessoas que mostrem capacidade de trabalhar naquela função que são chamadas, mas também um ataque homofóbico da base conservadora do país que não aceita pessoas da comunidade LGBTQIAP+ no poder, e isso é mais que um sintoma da realidade egoísta de uma oposição que não sabe perder, nem jogar limpo.


Possivelmente, por causa dessa notícia que saiu na Gazeta do Povo (aqui) deu início ao início dessas notícias mentirosas, mas a repercussão do assunto com tom de deboche mostra que o responsável pela postagem que deu início ao mal-entendido muito bem arquitetado. Fabrício Rosa teria sido uma ótima escolha porque é ativista e entende das causas a nível pessoal e institucional, trabalhando de forma proativa pelos direitos humanos dentro das forças policiais e da docência.

No final das contas, o delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues tomou posse do cargo de diretor da PF no dia de 10 de janeiro deste ano. Toda essa situação deixa bem claro que a maneira de reafirmar os lugares privilegiados alcança a sexualidade das pessoas, impedindo que algumas delas nem sequer possam sonhar em chegar a um posto, ou quando chegam, são atacadas somente por estarem lá. Ainda existe um longo caminho pela frente para derrubar esse ódio egoísta pelos próximos anos com ajuda de todas as instituições possíveis, incluindo a polícia.

Commentaires


bottom of page